terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Em alguns momentos chego a acreditar que o fracasso é uma opção,
Sendo inocente me questiono com o "E se não?"
Esqueço que isso tudo é um jogo,
Apostas que fiz no inferno, enquanto me alimentava do fogo.
Deixo a voz dos mortos me abater,
Esqueço que ninguém aqui teve capacidade para viver,
Apenas eu tive a coragem de apostar com a morte,
Deixando meu destino sob a mistura de habilidade e sorte,
O dia que decidi que a vida não teria uma garantia,
O dia que fui até o abismo, alimentar minha cria,
Quando iluminei olhos desacreditados,
Mostrei que até para o mais sem sorte sempre existirá o rolar de dados,
Fiz dos abandonados por um deus meus seguidores,
Seres que, em terras inférteis conseguiam apenas plantar dores,
Inevitavelmente muitas continuaram a lamentar,
Mas, todos merecem a oportunidade de minha voz, a estrada para outra lugar.
Então, simplesmente olhe para aquele por aqui caminha,
Grave na sua mente a imagem daquele que escolheu cortar a linha.
Aquele que veio e ignorou a voz do imperador,
Aquele que em vez de se queimar, fez com que o fogo lhe chamasse de senhor,
Aqui olho nos confins das mentes,
Mostro que não há crime no que todos sentem,

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

"Nossa vontade é suficiente para moldar uma explosão?
Nascerá uma estrela para guiar nossa nação?"
Nesse verso retrato a teoria cientifica do big ben, fazendo junto a isso uma analogia a revolução em geral, propondo que para conseguir um avanço radical, igual todos sonhamos, precisamos querer recriar nossas vidas

Temos poder para moldar outro universo?
Será que nós, meros seres, podemos tomar poder de deuses e tentar criar nossos universos, igual citado anteriormente, podemos fazer o futuro nós mesmos, sem esperar por um destino? 
Há espaço para reescrever nossas vidas no verso?
Em uma realidade completamente nova, poderia haver espaço para que conseguíssemos tentar refazer nossa história, seria possível remodelar nossas memorias, simplesmente virando a folha e rescrevendo a historia já considerada certa por muitos?
Me pergunto se podemos ir além do passado,
Se haverá distorção do tempo espaço,
Se poderemos vencer facilmente a distancia,
E o impossível não será sonhos de infância.

Ao moldar esse novo universo, seria possível perder nossas noções de espaço-tempo e simplesmente ignorar dores, distancia, passado e futuro? Para aqueles que conseguem fazer uma vida a parte, ir além do que foi imposto, seria possível sonhar através de países, estados ou galáxias? Se, por fim, isso fosse possível, vencer fronteiras, talvez ninguém considerasse mais sonhos "impossíveis" como parte da infância, mas sim, o improvavel que faz com que os cálculos se realizem.
Novas leis que mudem nossos estados,
Novas oportunidades no rodar de dados,
A cada jogada, remodelar a realidade

Seria possível viver e fazer um mundo onde tudo poderia ser completamente diferente? Sejam esses nossos estados emocionais ou até mesmo físicos, tornando possível viajar além do material, mesmo que com a mente, e ao mesmo tempo, tendo a capacidade de ver tudo mudar, jogar com a vida, ver a oportunidade do erro, mas, mesmo assim, encarar os desafios. Nesse universo criado pela vontade, seria possível arriscar tudo considerado real em uma única jogada? Desafiar até mesmo deuses na tentativa de surpreender a si mesmo, pelo sonho de criar.
A recriação poderá depender de nossa vontade?
Nossas palavras podem criar um novo universo?

Valeria viver mesmo sem ter significados concretos?
Por fim, voltamos ao começo, tudo isso dependeria apenas de nossas vontades? Falar e gritar poderia fazer com que nossas vidas saísse do comum? Criar possibilidades que outrora vinham acompanhadas com o "Im"? E mesmo quando realizadas, valeria a pena viver com liberdade poética para toda palavra o ação,em um mundo mental onde fosse possível viver e descrever a vida por si só? Valeria olhar o mundo pelos seus olhos e não mais por significados prontos? 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014


Mas prefiro viver com a dor
Do que com um mundo sem cor
Desbravar a ilusão
Em vez de vender meu coração
Usar minhas proprias palavras
Para conter as lagrimas
que colorem um mundo sem cor
e na escuridão, se confundem com uma flor.

Quantas chances deixamos morrer em nossas ruas?
Quantas delas censuramos por incomodar-nos por estarem nuas?
Quantas rimas não escrevemos por serem pobres?
Quantos textos pararam no lixo por não serem dignas de nobres?


Alguns diriam que é apenas uma enorme obsessão,
Talvez culpa por perder tudo que estava em minha mão,
Rimas que visam apenas o impossível,
mas, me sinto sendo apenas um civil,
ser preso no meio de um conflito,
Sentimentos que colocam minhas vida em risco.

Uma situação que desde sempre fora normal,
mas fiz dela uma guerra espiritual,
mas, o sentimento continua a apertar,


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Oloko

A cada pensamento refaço uma lei,
Cada passo reescrevo o que já sei,
Me fazendo viver em eterna ignorância,
Aumentando cada vez mais essa minha ânsia,
Incentivando os sonhos mais distantes,
Sussurrando frases impactantes
Alimentando desejos já levados,
Trazendo ventos que sempre causam estragos.

Um mundo que se renova a cada olhar,
Uma casa que não é o suficiente para ser chamada de lar,
A vontade de reescrever textos certos,
A distancia que sempre nos mantem perto
que nos fazem acreditar que tudo é possível,
A crença que conquistaremos o invisível.
Uma tentadora voz que faz acreditar,
Que há algo além de todo esse mar.
A tentação de acreditar em um futuro,
A esperança que abre buracos no meio desse muro.

Quando a memorias ameaçar esquecer,
Surge há insistência que há como viver,
Quando adotamos uma certeza,
Vem a tentação de nossa natureza.
A crise que abre buracos em nossa realidade,
A incerteza que faz com que não haja verdade.
Momento cruel que destrói heranças,
Instante que faz o mais forte ser uma criança.
Porem, é apenas mais um pani em nosso sistema,
A voz do diabo tentando tornar a criação menos plena.


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Caminhando, mas nunca só
Andando na poeira, limpando o pó
Que se acumulou em todo o passado
Que carregamos com nosso fardo,
Levando em nossas mochilas mundos
Explorando até os poços mais fundos

Carcereiros de corpos que aqui caíram,
Escolhidos para escutar os que ainda chiam
Os primeiros a acordar para um novo dia,
Aqueles que viveram enquanto a noite ainda era fria,
Sentiram o conforto de seus cobertores,
Mas ainda sim, saíram desafiando suas dores.

Guerreiros que viram parceiros caídos,
Mas ainda sim, se mantem vivos,
Fortes o suficiente para carregarem tantas almas,
Continuando na batalha mesmo sem suas armas.
Caminhando, mesmo que sem nenhum direção,
Mas, dando motivos para os que outrora morreriam em vão.
Ouço vozes pedindo por ajuda
Vozes que se abafarão na próxima chuva
Vozes que talvez nada queiram dizer
Vozes que talvez só queiram viver
Vozes que clamam por uma mão qualquer

Eu poderia partilhar de sua felicidade
Viver sempre na mesma cidade,
Mas, continuo a andar nessa rua
Onde recolho ideias em suas formas nuas.

Um dos únicos nessa mão única,
Assumindo que não tenho nenhuma verdade,
Enquanto muitos, encondem-a em suas túnicas
Mas, acabam queimados por um sol que não morre ao fim da tarde.

Na estrada ao lado tudo que restou fora uma trilha de corpos,
Cadáveres que morreram com o medo tampando seus rostos,
Ainda escuto seus gritos de dor,
Por isso, ao asfalto de minha via, planto uma flor,
Um indicativo de que nesse caminho,
Ninguém jamais morrera sozinho.




Erros e mais erros constroem meu futuro,
Buracos em meus projetos destroem o escuro,
Minha esperança existe apenas no dia que tudo isso fará sentido,
No dia que poderei escolher me sentir vivo.
Oportunidades parecem apenas atrapalhar,
Caminho me deixam mais longe do meu lugar,
Responsabilidades que assumo no meio dessa guerra,
Soluções que procuro para toda a minha terra,
Palavras que tento espalhar
Para todos os ouvidos que precisam escutar.

Mas, no fim, a chuva continua a cair,
No fim, nem todo o mundo pode me ouvir,
Meu povo sou obrigado a abandonar,
Já que minha busca nunca parará.
Mas, como todo o guerreiro,
Caminho procurando meu motivo para lutar.

Me lembro do dia que joguei minha fora,
O dia que tantos foram embora,
Me perguntei o motivo para continuar,
Pensei em fazer daquele meu lugar,
mas não consegui ignorar,
então, com um sorriso, passei a me enganar.
Hoje percebo que isso não terá fim,
Tantas cicatrizes já foram fincadas em mim,
Os detalhes modificaram meus planos,
A dor já não cabe mais de baixo dos panos.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Tudo o que fazemos é sacrificar nosso estilo de vida
De nossas ideias viramos genocidas
Nunca mantemos nossa opiniões
Até mesmo os mais sábios giram feito piões
Voltas e Voltas junto ao ciclo da Terra
A cada erro nos aprisionamos feito uma fera

Animais que se adaptam ao ambiente
Têm suas vidas normais no frio e no quente
Abandonam facilmente a perfeição
Em busca de a alimentar a fera que ameaça sair da prisão
Temos medo daquilo que criamos
Medo de tudo que vivenciamos

Ironicamente, sem essa prisão nossos corações não possuiam cor
Tudo que havia era um tom que seria preenchido com qualquer dor
Um branco esperando para pintado
O nada esperando para ser usado
Mas, jogamos tudo isso fora
Colocamos a fera no lugar de uma incrível flora

Hoje somos apenas isso
Pessoas que tiveram o sorriso contido
Hoje acostumam em encontrar o normal
Ficam felizes antes mesmo do final
Mantem a fera sempre calma
Alimentado-a com toda a fauna

Mas isso não importa
Ela esta feliz mesma fechada a portas
Em troca da segurança
Sacrificamos toda e qualquer mudança
Estamos felizes com o nosso alegre futuro
Mas ainda, estamos presos por um muro
O amanhã com certeza virá feliz
Mas o por-do-sol nos deixará vivo apenas por um triz.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Por medo de viver em vão
Sinto que devo buscar a perfeição
Sem querer depender de certa genialidade
Procuro fatos para viver em verdades
Jogo fora tudo que há de mais
Para tentar acreditar na paz

Cresci ouvindo cronicas sobre um mundo mau
Que o mundo era temperado apenas pelo o sal
Cresci ouvindo que só o esforço dará sucesso
Por isso, o meu talento em números meço
Ainda quando crianças contaram minhas asas
Desmentiram os contos de fadas
Tudo o que restara fora o vilão
Cronicas de um mundo que não será bom

Quando já sem forças
Lembro daqueles que criaram as próprias forcas
Os que desistiram de criar seu próprio conto
Se matando junto à aquele que já veio pronto
Mas eu já não vivo mais em suas estorias
Não acredito mais em suas vitorias

Criarei meu próprio conto
Nunca me esquecendo dos que caíram nesse confronto
Carregarei em minhas veias seus sonhos de liberdade
Então, finalmente mostrarei a vocês suas identidades
Para aqueles que não mataram sua fome
Darei-lhes pelo menos um nome
Para que mesmo que estejam em um conto
Tenham a oportunidade de colocar um ponto.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Procuramos por nossa liberdade
Sacrificamos nossa vontade
Deixamos de lado nossa humanidade
Para servir à sua sociedade

Sacrificamos do nosso tempo
Vivemos de acordo com o vento
Acreditamos cegamente em seus sonhos
Encaramos todos os sorrisos medonhos
Mas hoje, despertaremos dos mortos
Mostraremos nossos rostos

Vivemos tanto tempo na escuridão
Achando que um dia teriamos iluminação
Acreditávamos estar felizes
Para amenizar a dor em nossas crises

Mas hoje despertamos dos mortos,
Já podemos carregar os corpos
Daqueles que tiveram suas vindas invalidadas
Que nunca voltaram de suas jornadas.
Hoje gritamos por aqueles que morreram como esqueletos
Carregamos em nosso sangue os seus feitos

Muitos tiveram que morrer
Para aprendermos como viver
Mas hoje despertamos dos mortos
Transformaremos a dor em contos
E a nossa luta em cantos

Nos ergueremos por aqueles que não conseguiram se levantar
Caminharemos por aqueles que não acharam seu lugar
Carregaremos em nossas vidas o fardo da morte
Junto a todos os nossos cortes
Não viveremos mais por viver
Não viveremos mais para esquecer
Iremos viver apenas para ver
Pelos os olhos daquele que vieram a padecer.