segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Essa dedico aos que não podem comemorar,
Que tentam, mas, ainda não chegaram lá.
Aos que buscam transcender a forma de homem,
Àqueles que se recusam viver com fome.

Seres que vagam entre dois planos,
Se aquecem ficando em baixo de panos,
O corpo é incapaz de produzir calor,
Todos já se afastaram diante o odor.

Cujo os corações já não batem,
Mas, as mentes também não partem,
Torturam seus corpos com a vida,
Deixam a morte menos nítida.

Por fim, ainda vivem e sentem,
Mas, já não querem ir em frente,
Distante de qualquer camada do paraíso,
Afundados em uma tonelada de lixo.

Para nós, eles são apenas gritos,
Desafinam enquanto esperam pelos mitos,
Desde cedo são íntimos da morte,
A única variável era a sorte,
Hoje, decompõem sobre o chão,
Ou quando muito, lamentam sobre o colchão.





quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Dedico uma hora a todos vocês,
Uma ajuda para os que esperam sua vez,
A chance que facilita toda a vida,
O atalho que encurtar toda a vinda,

Terás uma hora a menos para viver,
Nesse dia será ainda mais fácil não ser.
Estão uma hora mais próximos da morte,
Novas desculpas para sua falta de sorte.

Poderás ficar uma hora a mais em sua cama,
A noite atrasará devido ao sol e sua chama,
Aqui temos mais uma incrível desculpa,
Esse horário realmente atrasa sua luta.

Não se preocupe, ainda terás sua lua!
Sua autopiedade não será afetada,
O novo tempo te permitirá ser um nada.



Sou uma anomalia temporal,
Uma existência além do normal,
Vivendo em um mundo ultrapassado,
Preso vendo as feridas do passado.

Até então, nada mudava o futuro,
Sequer algo rachava seu muro.
A vida continuava bipolar,
Ninguém sairia de seu lugar.

Mesmo sendo um paradoxo,
Aceitei viver sem propósito,
Me tornando parte do que viria,
Me tornando apenas mais uma cria.

Acreditei que esse tempo era meu lar,
Simplesmente resolvi não lutar,
Segui o rumo dessa dimensão,
Me tornei um homem são.
Ou, assim pensava, até ver a tentação,
Ser pego por aquilo que pode ser ilusão,
Ver algo que me diz que ainda há salvação,
Que me dá a esperança de não viver em vão,
Que me convence que ainda há ação...

Volto a ficar inconformado,
Exploro todo e qualquer lado,
Agora, fecho meus olhos e lá está você,
Seu simples olhar mudou minha concepção de ser.



domingo, 21 de junho de 2015

Lágrimas caiem a cada passo não dado,
Um mundo morre quando buscam o alvo,
A precisão no arremesso limita o dardo,
E a cada certeza, deixamos o mundo mais calvo.

Gastam todo o tempo processando informação,
Somando os sonhos que não se realizarão,
Querendo a certeza absoluta antes da ação,
Enquanto  vidas se vão, em vão.

Esperam menos complexidades nas rimas,
Ignoram tantas contradições em suas sinas
Sincronizam seus diferentes climas,
E caminham por cima de todas essas minas..

Não se preocupem, há alguém olhando o futuro,
Continuem a procura do êxtase mais puro,
A busca para não escutar seus próprios urros.



sábado, 13 de junho de 2015

A morte do ser.

Ao olhar do mundo,
 um moribundo,
Ao olhar do futuro,
 ser que viera do escuro,
Ao olhar do destino:
 só mais um menino,
Ao olhar divino:
ser que compõe um novo hino,
Ao olhar da vida:
 a morte nítida,
Ao olhar do que ensina:
 um condenado por sua sina,
Ao meu próprio olhar:
mártir querendo seu lugar,
Mas, vivo a procura de um olhar,
Onde eu possa ter um lar.

Uma visão onde vencerei a tal solidão,
Onde eu estarei são,
na realidade junto a sua mão,
Se hoje está distante,
Continuo a ser um viajante,
Um ser talvez gigante,
Mas. nas terras dos homens, um atlante,
Mas, ainda sim, nesse olhar há uma parte de mim

Talvez, há única parte verdadeira,
Aquela que sempre fora a primeira,
O conceito por trás de tantas perspectivavas,
A parte real do homem que desafia vistas.

Aos olhos do universo,
 o único incerto,
Aos olhos do tempo,
aquele que caminha lento,
Aos olhos do plano maior,
ser que vive só,
Aos olhos da criação,
 ser que ainda vive em vão,
Aos olhos do sentido,
ser que vive por instinto,
Aos olhos do que tudo sabe,
 ser que sempre renasce,
Ao nosso olhar,
ser que se perde longe de seu lar.

Baixa imunidade.Anticristo

Tenho nojo do sangue em minhas veias,
Vivo a fugir de suas asneiras,
Dispenso o título dessa geração,
Sem educação, piso nos que caiem no chão.
Emito uma risada a cada palavra,
Como podem falar tanto e não dizerem nada?

Em minhas veias, esse sangue se contaminou,
Nada dura em contato ao que sou,
Possuo todas as doenças dessas crianças,
Os caídos me vêm como fração de esperança.
Minhas palavras tentam curar tal mundo,
Tento entregar a poesia de um moribundo.

Me esforço para aqui criar um assunto,
Ter palavras em meios a tantos santos,
Vocês vendem suas almas pelo céu,
Se sabotam para viver em um mundo de papel,
Já eu destruo patrimônio publico,
Do seus pesadelos eu sou o músico.

Então, peço perdão pela minha presença,
Nunca quis destruir sua crença,
Mas, esse é o fardo do meu respirar,
Inevitavelmente poluo o seu ar.
Sou o número que fracassa a fórmula,
Profeta do caos que trás a nova forma.


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Versos de um tempo passado.

O fim mais que perfeito me causa dúvida,
Ainda existe o que outrora era chuva?
Ficara ela onde tudo acabara?
Terminara de molhar o nosso Saara?
Encerrara tudo no mais-que-perfeito?
Um futuro melhor já fora eleito?

Na memória, jaz o jeito que ela me molhava
Nesse tempo, eu sequer me lembrava onde era minha casa,
Ali nada tinha fim, mas, a vida era nítida
Minhas  lágrimas já não ficavam escondidas,
Logo quando eu me acostumava com a água,
Misturava com ela as minhas magoas.

Então, tudo simplesmente mudou,
O sol voltou a trazer a velha cor,
Porem, nem mesmo o brilho permaneceu,
Algo perfeito que morreu em meu museu.
Diante a mim, nem mesmo o dia durou,
E após isso sequer brotou alguma flor.

Mas, confesso que ainda tenho sonhado,
Desejado cada gota do que se tornou um fardo,
Esse que trago do passado,
E o carrego, mesmo que calado.
Os corpos que não deixei jogados,
No tempo que o tempo  me fez soldado.

O futuro de pretérito se divide,
Eu agiria em outra crise?
Ou ficaria parado novamente?
Veria um outro futuro para minha mente?
Ou estaria paralisado perante as possibilidades?
Hoje, as formas do passado sem mostram em grades.


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Sereia

Mesmo vendo todos os rostos na multidão,
Enxergando futuros em cada olhar,
Foi na distância que encontrei um lar,
Nos mil quilômetros e meio entre a mente e o coração.
Agora, cada cidade está a separar.

18 horas de uma viagem que já começou na mente
3 estados entre a mais difícil possibilidade,
Em todos esses, a prisão é o presente,
Apenas aí o mapa não será uma grade,
Onde sequer haja a ilusão da liberdade.

Mas, estou apenas me afastando de seu porto,
Cada vez mais em um rumo de uma fortaleza,
Onde haverá calor em meu corpo, mas, estarei morto.
A nossa alegria agora é uma incerteza,
Em vez de partilhar do seu frio, estou indo para frieza,

O outrora sul, agora é meu norte,
Ando de costas para o que sonhei,
Navegando no grande rio da sorte,
Onde me torno anarquista iludido pela falta de lei,
Mas, que na verdade, vive a gritar pelo seu rei,

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Dispensa a mais um vendedor de ideias...

Me desculpe, mas eu tenho a razão!
Eu quem devo pregar o sermão!
Aqui eu quem escolho o inicio.
Possuo a razão como único vício.

Em minha presença, você se acha certo?
Gênio ou não, perto de mim, és inseto.
Em meu reino, possuo a palavra,
Não tente invadir a minha a casa!

Jamais tocarás em minhas ideias,
Meu saber é o que corre em minhas artérias,
Não ligo se não tenho sua inteligencia,
Apenas quero minha essência.

Então, saia daqui junto a meus erros!
Não se esqueça de recolar os selos!
E que vá vender ideias em sebos!

terça-feira, 19 de maio de 2015

A trilha do vencedor.



A vida é um conjunto de jogos,
Onde o limite é seu, não há céu.
Consiga jogadores com o mais doce mel,
Néctar que te fornecerá corpos.

Apernas forme seu exército,
Aos poucos, extraia todas as emoções,
Faça com que não precisem de noções.
Ofereça um túmulo em seu peito.

Use a arte milenar da guerra,
Implante a necessidade de você,
Crie o paraíso, os faça morrer,
Depois, implante o inferno na Terra.

Assim, viverá em sua sonhada glória
Conseguirá usufruir de sua vitória,
E, assim, cada um deles te manterá na memória.

domingo, 17 de maio de 2015

Tudo que ela queria era caminhar,
Viver sem morrer por faltar de ar,
Não temer cada olhar estranho,
Não censurar cada possível ganho.
Passar despercebida com sua beleza,
Desviar da maldade com suas destreza.
Criar seu próprio reino encantado,
Esquecer que o príncipe fora envenenado.

Tudo que ela queria era se decidir,
Saber a melhor definição para si,
Ter a estabilidade mental,
Dessa vez, não queria ser o mal.
Se livrar do seu poder da manipulação,
Não esmagar outro coração,
Enfrentar os conflitos de sua idade,
Se controlar antes que outro a enfrentasse.

Tudo que ela queria era mudança,
Voltar a ser uma criança,
Reescrever aquilo que se tornou o futuro,
Conseguir viver em um mundo maduro.
Queria novos personagens, novas caras,
Acordar e simplesmente fazer suas malas,
Partir todo dia em rumo ao novo mundo,
Não mergulhando no que se tornou sem fundo.

Já eu, só quero esquecer essas histórias,
Quero acreditar que são apenas escórias,
Me convencer de que essa é a sociedade,
Um lugar que te mata cedo ou tarde.
Que para o corrompido não há salvação,
E que mal nenhum corrompe o bom,
Mas, há tempos abandonei a religião,
Me resta sofrer por cada corpo que cai ao chão,
Saber que essas almas sofrerão ao eterno,
Um ciclo que continuará recriando o inferno.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Todas as noites um rosto me persegue
Traz sentimentos que em todo sonho permanece,
Faz com que cada lembrança se torne um mapa,
A chave para provar que a vida não é uma farsa.
Uma intervenção que confunde sonhos,
A tortura até mesmo para os demônios.

Rosto este que me persegue na intimidade,
Ser sem piedade que ataca minha sanidade,
Um vício que não quer ser superado,
O passado que não quer sair do meu lado.
A dificuldade de voltar a ver normalmente,
A eterna instabilidade da minha mente.

A recusa de voltar à um mundo cético,
De ser apenas mais um poeta métrico,
Sinto a falta de sentimento em cada poema,
A nostalgia de ter feições como tema,
Rosto esse que ainda fornece rimas,
E talvez as mais perfeitas linhas.

Em segundos, passo de ficcionista à romancista,
Juntar de dois mundos, romper de duas sinas.
Me torno criança mimada que não quer perder,
Mas, o fracasso é a feição do rosto que estou a ver,
Uma imagem que detalha todos os meus erros,
Em nossos olhos fechados, percebi todos meus medos.
.


domingo, 3 de maio de 2015

Sequelas de uma era de paz.

Vivo como um soldado faminto,
Inventando guerra para não ser extinto,
Sendo atormentado por dores fantasmas,
Mas, treinado para não derramar lágrimas

Mesmo fora da zona de risco, crio inimigos,
Me inundo em pólvora para ser digno,
Em cada mão amiga, vejo um gatilho,
Confiando apenas à bandeira da qual sou filho.

Se tornou impossível viver fora do conflito,
O medo se tornou o meu maior instinto,
O único modo de depositar confiança,
Só com ele consigo criar uma aliança.

Mesmo estando seguro, crio uma matança,
Aos poucos, me torno o maior inimigo da paz,
E nessa paranoia, aos poucos, minha mente jaz.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Uma canção me puxou ao mar,
Sequer percebi que lá não era o meu lugar,
Em certo ponto, a pressão me fez ficar surdo,
E já na água, esquecia o quanto sempre fui imundo.

Pouco me importava com o afogamento,
Meus pés não estavam mais preso no cimento,
Diante à morte inevitável, senti cada segundo,
Mesmo com pouco tempo, ali eu tinha um novo mundo,
Não me importava com a morte de meus sonhos,
Ali não havia destruição causada por colonos.

Acreditei que meu lugar não era na superfície,
Eu estava vivendo longe de qualquer crise,
Mergulhando em rumo da bela morte,
Onde o sol não servia mais como holofote,
Tendo apenas o canto em minha mente,
Sem ouvir os grito que me faziam ir em frente.

Talvez ali encontrei a fórmula de felicidade,
Onde o sempre estava por toda a parte.
Poderia facilmente abandonar a vida,
Deixar-la para trás, triste e ferida.
Próximo de esquecer aquilo que me move,
Construindo um exílio, só porque lá fora chove.

Mas, por minha sorte, o canto parou,
E em um choque de realidade, vi quem sou,
Senti a raiva no meu sangue,
Percebi que vermelho a água tange, 
Percebi a expansão de todas minhas feridas,
Notei o quanto a água consegue ser ríspida.

Sem o canto, percebi toda minha dor,
Lembrei um mundo sempre cheio de cor,
Percebo agora que essa vida nunca foi para mim,
Talvez, nunca tivesse conseguido viver assim,
Estou longe de ser o que você anseia,
Obrigado por todo esse tempo, jovem sereia.

domingo, 12 de abril de 2015

De repente, me vi além do bem e do mal,
Sem medo algum do que será o final,
Sem me importar mais para o que é a realidade,
Caminhando por cima do sangue em nossa sociedade.

Para os guerreiros ali fora, isso é alienação.
Mas, mal sabem eles que o ódio cria uma ilusão
Estou enxergando cores de um mundo perdido
Compondo canções para um povo unido,
Dando razão através da eterna poesia,
Tendo seu rosto como um sonho que me faz acordar a cada dia.

Sua presença me traz a capacidade de sentir a vida,
O prazer que vem junto a você, torna toda noite nítida,
Em seu corpo enxergo um mapa da razão,
Minha vida fisgado como se por um arpão.

Cada passo à você, é uma fração do paraíso,
Tendo a perfeição em Terra, em seu sorriso,
A paz para quem vive em era de conflitos.





Toda minha vida virou uma prisão,
Um método de conter as batidas de meu coração,
Perdi tudo que admirava em minha visão,
Toda felicidade pela qual um dia lutei, se tornou ilusão.
A liberdade sonhada a cada poesia
Virou um modo de contornar uma vida tão fria,
Não sei se essa era a intenção no início,
Mas, você simplesmente se tornou um vício.
Junto com você, acalmo minha mente conturbada,
Sua presença mudou uma historia que achei estar traçada,
Cada segundo com você, é o fazer de uma nova rima,
Nosso amor simplesmente nunca terá alguma sina,
Contanto que juntos, o mundo se torna nosso lugar,
Nos mantendo sonhando, a distância nada significará
Não importa o quão escura seja a estrada até você,
O brilho nos seus sempre me fará crer,
Me trará sua imagem a cada passo,
E com isso, você como objetivo para tudo que faço,
Mais do que nunca, o amanhã é incerto,
Mas, isso não importa sabendo que terei você por perto.
Logo, é torturante viver assim,
Se um dia era revoltado, você foi o estopim,
Se um dia lutei contra viver em um mundo finito,
Agora sei que tudo sem você sempre será um labirinto,
Um novo mundo abrirá quando em seus braços,
Quando com você, for possível fazer cada passo.


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Matt Murdock

Eu sou apenas um homem encarregado de viver e sobreviver. Por mais que seja o alter-ego daquele que realiza o serviço sujo durante as noites, ainda sim, sou apenas mais um cidadão, com apenas uma diferença: estou cego para a corrupção da sociedade. Faço minha parte enquanto advogado, tento proteger inocentes, talvez para manter as esperanças que ainda há por quem lutar e que não foram todos que se corromperam quando se viram no inferno, ou, talvez, simplesmente por querer salvar as almas no ultimo lugar possível, onde a esperança, geralmente, já está morta. Sou apenas um homem querendo resgatar a esperança, dar algum sentido nessa escuridão, já que passei minha vida toda vivendo e fugindo da mesma.
Talvez, durante o dia eu seja o verdadeiro herói, um homem capaz de dar esperanças e salvar aqueles que seriam condenados pela justiça do homem, eu sou a parte de mim mesmo que representa a esperança, aquele que luta para que a justiça pode realmente ser cega. Durante o dia, eu rogo para que meu povo possa continuar a ter um motivo para viver, uma figura que possa ser seguida, sou um símbolo que trás as esperanças aos condenados injustamente, uma pessoa incorruptível.
Sou a superação para qual todos olham e se inspiram, adoto uma luta onde meu único desejo é garantir que, algumas horas depois, eu possa punir os que são verdadeiramente culpados, mas, antes disso, quero manter os inocentes protegidos. Simplesmente o advogado de defesa dos injustiçados, e assim, depois de aguentar a porrada lançada pelos injustos, eu possa ir revidar, sem medo nenhum de ser injusto, com total poder de lutar em nome da justiça.

Demolidor.

Na ultima vez que tentei ser herói, eu perdi meus olhos. Então, não me surpreenderia se dessa vez eu perdesse também a vida. É fato que esse inferno ficou ainda mais quente depois que surgiram pessoas capazes de fazer a diferença, as inúmeras almas que foram sacrificadas quando houve certa revolução, fez com que tudo isso ficasse pior. Mas, ninguém deve pedir perdão ao ver o que esse mundo se tornou, mas sim, quando perceberem o que deve ser feito para deixar o mesmo mais descente. Então, durante a noite, eu me torno o soco de todos aqueles que passam a vida apanhando, encarno a surra que levam durante suas vidas, e saio para que, finalmente, eu possa trazer a vingança.
 Aqui, já de frente para a ação, percebo que não sou a imagem do que todos querem ser, não tenho um martelo mágico ou uma armadura de ferro, mas, eu sou a encarnação do ódio que é sentido diante a crueldade dessas ruas, eu sou a figura que todos repudiam, justamente por saberem que são iguais a mim. Apesar de não enxergar as cores desse mundo, eu ouço o desespero, é isso que me move, captar o grito do desesperado, seja esse a vítima ou o culpado, gritando ao me ver e imaginando o que acontecerá em seguida. Saber que, falta pouco até eu salvar uma vítima de um futuro cruel que seria forçado pelo que esse lugar se tornou, e que ao mesmo tempo, poderia eliminar uma pequena fração do mal que corrompe, era perfeito. Sim, eu estava mais pronto do que tudo para ação, já havia apanhado o bastante, daria como resposta meus punhos banhados pelo meu sangue, do meu pai e de cada um que morrera esperando por justiça.


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Até onde estão disposto a matar liberdades?
Quantos mártires ignoram por mostrar outras verdades?
Vão realmente se alimentar da vida de cadáveres?
Vão realmente oferecer o ódio ao covarde?
Vocês matam nossa sociedade já perdida,
Vocês destroem o pouco que restou da vida,
Em nome da pátria, tentam tirar sangue,
Recrutam o desesperado para sua gangue.
O nacionalismo já esta morto a tempos,
A revolução é um sonho levado pelos ventos.
Imploro para que parem com essa cruzada,
Peço para que nos deixem seguir uma jornada.
Engulam o orgulho que tem da história,
Estamos na merda, logo, não houve vitória.
Parem de nos colocar em mais correntes,
Parem de criar religiões em busca de crentes,
Permitam que nossa povo possa crescer,
Feito animais, estamos longe do ser e do não ser,
Nosso hino é a vida daqueles que são corpos,
Nossas vidas é baseada naqueles que estão mortos.
Eu tenho um sonho, mas, que vocês tentam matar,
Eu tenho uma voz, mas, que não consegue gritar,
Para mim é impossível falar mais alto que seu ódio,
Mesmo sendo campeão, não tenho meu lugar no pódio.
Eu não quero uma ideologia para ver,
Quero apenas ser ou não ser.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Desde sempre vivendo sobre as ordens do terror
,Desde sempre crucifixados por desafiar o pudor,
Proibidos de fazer caricaturas de nossa desgraça,
Impossibilitados de lutar contra alguma farsa,

Em um mundo onde tememos nossas mentes,
Onde a cultivamos sobre correntes,
Com cautela moldamos o pior dos monstros,
Assombração eterna que mantem medo nos rostos,

Então jogamos nossas ideias ao vento,
Em um mundo onde arte se torna apenas entretenimento,
Então, com o tempo, abandonamos a capacidade de criar,
Abdicamos o posto de deuses, escolhemos por orar,

Desde quando perdemos para o terrorismo?
Quantas vezes somos obrigados a esquecer o que vimos?
Quantas vezes fomos punidos por nossas criações?
Desde quando estamos limitados a feições?

Eles prometeram mostrar uma nova ideologia,
Disseram ter o poder de matar as más manias,
Em suas mãos, o poder de mudar o final,
Poder de transformar qualquer simples animal.
Porem , tudo virou uma enorme guerrilha,
O sangue de nossa pátria continua formando uma trilha.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Soneto para Deus.

Você é pintor,
Em vida, apenas somos seus quadros,
Em sua obra está presente toda sua dor,
Em cada detalhe da tinta vemos seus fardos,

Você é vigilante,
Fornece segurança para irmos adiante,
Fornece a morte para quem perdeu a utilidade,
Fornece a transformação da ilusão em verdade,

Você é onisciente,
Viu cada detalhe da nossa evolução,
Viu cada um ao perder o coração,
Viu como a humanidade morre a cada vez que mente.

Você é o culpado,
Tu és o ser que criou toda morte,
Vós resumistes a vida em um rolar de dado.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

1 Suas palavras trazem a calma para minha mente,
2 Ver seu rosto, em meu futuro me faz ir em frente,
3 Sua presença eterniza cada segundo,
4 Seu brilho é o que ilumina meu mundo,
5 Em minha mente, sua voz vira uma canção,
6 Cada palavra dita o ritmo de meu coração,
7 Nas mudanças de minha mente, só permanece você,
8 Entre tantas vistas, tudo que necessito é te ver,
1 Cada frase por ti formada, deixa meu mundo cor,
2 Tudo que espero para o amanhã é ter seu amor,
3 Perto de você, cada momento se torna uma vida,
4 Com sua luz, sou capaz de vencer todo dia,
5 Seu timbre acalma meus pensamentos,
6 Meu corpo movido através de seus sentimentos,
7 A única constância em todas minhas ideias,
8 A beleza que sempre estará em todas minhas férias.
1 Minha vida se torna um paragrafo escrito por sua mão,
2 Com você, meu futuro ruma a perfeição
3 Mas, também o presente se torna uma fração do infinito,
4 Sua iluminação já faz parte do meu instinto,
5 Você me movimenta com a mais bela orquestra,
6 Quando não com você, uma mente sem coração me resta,
7 Te amar é o única pensamento que não mudará
8 Um sentimento que se espalha pelo ar.



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Caminhei observando sequelas de um mundo morto,
Por uma trilha que outrora seria cemitério de meu corpo,
Abandonei o fardo de ser um dos únicos a andar,
Mas, hoje, incorporo a luz do sol e venho iluminar meu lar
Hoje vejo que nunca tive opção
O mundo sempre esteve em minha mão
Tentei me isolar após presenciar o horror
Tentei guardar o que não foi consumido pela dor,
Porém, hoje senti o sol me chamar
Meu pulmão queimando, pedindo por ar
Minha alma me punindo pelo silêncio,
De tanto parado, virei parte do cimento,
A voz do fracasso impregnada na cabeça,
Apenas o sangue continuara em minha mesa,
Esqueci a esperança que me levou ao céu,
O sonho que me fez ser além de mais um réu,
Esqueci do quanto a natureza me guiara,
Como o verde existia antes desse enorme Saara,
Como era tudo isso quando possuía cor,
Como era possível viver sem se decompor,
Quando a minha gente ainda acreditava na liberdade,
Não se prendiam à alguma cidade,
Quando não precisávamos usar máscaras,
Quando não possuíamos castras,
Mas, talvez, o mundo nunca tenha mudado,
Talvez minhas inúmeras palavras que se tornaram um fardo,
Em algum ponto meu olhar perdeu o brilho,
Passei a recusar que desse mundo eu era um filho,
Mas, nasci na poeira criado pela história,
Mais um que teria que se contentar em ter a vida na memória,
Mas, hoje não busco mais a perfeição,
Apenas levanto e me torno a bandeira da minha nação.
Logo no meu inicio, aceitei esse destino,
Agora, é impossível viver com o mínimo.