segunda-feira, 17 de julho de 2017

rosa

Por alguns meses, ela fora a criatura mais bela,
Nenhuma alma viva via defeito nela,
Era uma clara filha do verão,
Uma rosa que despertava paixão.
Os dias eram ainda maiores,
Sua beleza regava as flores.
Mas, tudo mudou durante uma chuva de verão,
Onde ela vira e adotara a solidão.

Quando no outono ela perdera sua esperança,
Desistira do futuro, mesmo sendo uma criança.
Se percebera mergulhando no nada,
Estava viva, mas aquela ela a estação errada.

Em seguida veio o período mais frio,
No inverno ela perdera seu brilho,
Já não havia mais sol para a animar,
Estava desolada, sem nenhum lar.
A garota se vira sem qualquer alternativa,
Sequer conseguia se manter viva.

Ela se levantou apenas na primavera,
Se lembrou, subitamente, que essa é a sua era,
Se percebeu capaz de iluminar o mundo,
Uma flor que nascera no poço mais fundo.
Alguém que cresceria sob qualquer diversidade,
Uma deusa que não possuía validade.

Tanta chuva no passado a desabrochou,
Mas outrora seu mundo era regado por dor,
O que outrora eram espinhos, hoje são flores,
Em seu rosto está estampado todas as cores,
Uma beleza regada por anos de chuvas,
Força conquistada após sofrer em lutas.


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